Bling - The killers
Fotografia de Alfred Stieglitz , 1919
[ dizes que as minhas palavras te rasgam a carne - que a minha voz te parte o sentir em mil pedaços [impossíveis de voltar a juntar]. dizes que todas as cores se somaram no cinzento que és e que eu só fiquei para te lembrar - dizes que não te queres lembrar. dizes que sou eu quem impede em ti a ausência do mundo inteiro - que quando entro o mundo [inteiro] entra comigo. dizes que não queres e amaldiçoarás quem beba [falsa] tristeza da tua morte e nunca te soube ver e sorrir se não nessa hora [ entre todas a menos angustiante de [não] seres]. dizes que choras e ficas porque te pus o mundo inteiro na palma das mãos - e que talvez o mundo inteiro te baste para seres outra vez. ]
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5 comentários:
às vezes, o mundo inteiro não basta, Lizzie. há quem viva em angústia e não queira mesmo sair dela. e quem queira a morte só porque a ideia de finitude lhe dá a essência da vida, o traço de humanidade. e não acredites em tudo o que te dizem. um beijo.
Sim, brisa... Não sei se reparaste que o post se chama "primeira jornada de uma falsa memória". Acho que entendes o que isso significa...
Ps: eu acredito que o mundo inteiro, por si só, já é suficiente.
Bisou*
Esclarecimento sobre este post (que serve também para outros): muitas das palavras que aqui são escritas não tem qualquer fundamento real. Este "diálogo", por exemplo, nunca existiu, é puramente imaginário, e na verdade ele não seria sequer humanamente possível - acho que não será difícil entender-se porquê.
Cumprimentos a todos.
e os parentesis rectangulares?
têm algum significado na geometria da escrita ou estão lá só porque te apeteceu?
(cumprimentos)
Têm até mais que um significado. Porque a fotografia é que é o post; porque o texto nasceu dela e porque os redondinhos não ficavam tão bem. *
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