quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

The good the bad and the queen

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O que fazem juntos Damon Albarn [Blur e Gorillaz], Paul Simonon [ The Clash], Simon Tong [The Verve] e Tony Allen [Africa '70]?

www.thegoodthebadandthequeen.com

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"There's nothing like living in a bottle, and nothing like ending it all for the world."
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Charlyn Marshall troca o absentismo pela abstinência, resgata a quase perdida Cat Power e mete-a dentro de uma caixinha de música feita das palavras de outros.



Download - http://rapidshare.com/files/79934387/Cat_Power_-_Jukebox.zip

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

"This will only hurt"*
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quando as palavras se foram eu senti-me esvaziar. prisioneira de um rio sem margens, de um pedacinho de céu mudo e sossegado a esconder e a abraçar um mundo inteiro amargurado.

fomos. forasteiros dos dias um do outro. forasteiros de noites presas a horas contadas. reclusos de uma saudade faminta, de uma saudade que devorou cada pedaço da carne morta que um tal de amor há muito matou. digo-te: a minha vontade tem a força de um vendaval e o meu silêncio há-de empurrar-te a um canto e há-de cortar-te os pulsos. trancarei o nosso relógio num túmulo de gelo e nunca mais, nunca mais, os nossos ponteiros darão a volta. deixarei as fendas e as feridas a apodrecer à sorte da tempestade que nos atravessou. e quando a tempestade abrandar tu perguntar-me-às pelo mapa que tem gravado o lugar frio onde nos enterrei e hás-de querer ter pulsos para ter mãos que me agarrem. e nesse momento, nesse momento, eu hei-de dizer-te que o mapa é uma nódoa confusa de tinta e a memória não guardou coordenadas. hei-de dizer-te: a minha vontade tem a força de um vendaval e a minha força tem a força de mil tempestades, e quando passei, quando passei e no fim me sentei [des] cansada, de nós não sobrou nada.

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" Rapaz. A tua pele morena foi um Verão que quis viver e me foi negado. Um caminho que não me enganou. Enganou-me a luz e os olhos foscos das nossas manhãs revividas. Não te escolhi: escolhi estradas, desconfiando que todas eram a mesma, e foi sem dar conta que fui dar a ti. Nós. Um idílio impossível, sem a culpa que eu e tu não temos. A condenação certa por existirmos no tempo errado, ditada pelo terror de sermos um caminho difícil. Não há mais manhãs para reviver, sei-o hoje, nem tão pouco se podem construir dias novos sobre manhãs que se recordam. " [ adaptado "Nenhum Olhar", José L. Peixoto]

* Logh - The Black Box

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

electrelane and the " indefinite hiatus "
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era injustamente cedo e a luz definia ainda os contornos do palco de paredes de coura. mal entraram percebeu-se logo a que vinham: “viemos aqui para tocar”. não existiram palavras a dizê-lo, apenas música.
eram o instrumento que tocavam, cada uma por si, mas nunca sozinhas. se é verdade que sem a voz de Verity Susman faltaria algum sentido à banda, também o é que, sem mãos de Verity Susman ao piano, lho faltaria inteiro. como lho faltaria sem a bateria de Emma Gaze ou as guitarras de Mia Clarke e Ros Murray.
pouco tempo após o lançamento de No Shouts, No Calls, o quarto álbum de originais, e depois de dez anos nos palcos, o quarteto eléctrico de Brighton diz adeus. foram-se as mãos que tocam, ficaram-nos as músicas tocadas. chamam-lhe "hiato indefinido". eu, esperançosamente, chamo-lhe “até já”.
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