segunda-feira, 28 de maio de 2007

The Dresden Dolls



So during a show about Joan of Arc
I got through and said:
stolen my heart...
when I asked if you felt the same way for me
you cut me off like a guillotine."
Fischerspooner - Never Win



quinta-feira, 24 de maio de 2007

Wait, they [still] don`t love like I love you



e as palavras que carregavam o meu cheiro só te levaram mentiras.

terça-feira, 22 de maio de 2007

hoje sabe-me bem
.
Isobel Campbell feat. Mark Lanegan


.

Now after all, don't feel like nothing
like walking away
like a mouth full of rain
at twelve o clock
the bell starts ringing
a dog starts barking
and you're still missing
still missing something
you've never known what it was
and I'm not one for thinking twice
but I know this much is true
the earth will turn, the pot'll burn
and you are my revolver
just waking up
some dogs start barking
a bell starts ringing
and you're still missing
and after all, don't feel like nothing
like walking away
like a mouth full of rain
I'm holding on 'cause
you're my revolver
and I dreamed of ending
and flying away

sábado, 19 de maio de 2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

She Wants Revenge



.
I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I want to fucking tear you apart.
Nota: O filme também é muito bom.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Uma estrada -1/5/2007

Era um início de tarde. Respiras fundo e agarras-te à coragem que já tiveste. Sabes que erraste. Que as pessoas mudam. Mudam por muitas razões, mas sobretudo porque acreditam erradamente que se mudarem quem amam as vai amar ainda mais.
Sabes que não podes adiar mais a viagem. Há já muito que o mundo inteiro, as músicas que ouves sem dignidade, as fotografias sem cor que afinal te são dispensáveis porque as imprimiste com toda a precisão naquilo a que rejeitas chamar “memórias” e até os teus amigos te dizem que está na hora de te ergueres, que tens de encontrar a estrada que te traga de volta a ti. Até agora foste-te remediando com trapos, foste vivendo do prazer retardado das tuas lembranças, sugando todas as noites um bocadinho dos sorrisos que um dia enfeitaram a tua cara e os teus dias. Mas hoje descobriste que o teu coração já não te fala e entras em agonia.
Qualquer coisa está irremediavelmente errada, como um pulmão ferido de vício, que respira fábricas de fumo espesso, que nunca cheirou a humidade de um bosque, de uma flor, do mar. O passado espreita-te como um menino birrento, de costas voltadas. Faz-te uma chantagem surda, como se esperasse impacientemente a devolução da tranquilidade que nasce das coisas resolvidas e em troca de nada. Tens de partir. Mesmo que nunca possas, nem sequer a ti, explicar o que terá acontecido, se a culpa é só tua ou de mais alguém. Mesmo que nunca consigas encaixar em lado nenhum esse pedaço da tua vida e ele esteja condenado a vaguear para sempre pelo resto de todas as tuas memórias, como um defunto perdido entre dois mundos. Tens de partir.
Sabes que o tempo já disfarçou a verdade com outras verdades. Puseste as memórias feridas de saudade num lugar a que nenhum ser humano poderia chegar, mas sabes também que o tempo te levará cada vez para mais longe e que, mais tarde ou mais cedo, conseguirás pegar nelas a uma distância segura, sem te deixares magoar.
Partes. Sem mapa e sem datas. Chove uma chuva fria, o nevoeiro e as lágrimas cegam-te o caminho inteiro e a tristeza, nem por um segundo, larga as mãos da tua garganta.
Era um início de tarde.
E o teu.