De Terça a Sábado, entre as 15h00 e as 20h00, até 20 de Maio.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Óscares 2007
Scorsese finalmente convence com The Departed;
El Laberinto del Fauno: conto mágico desenterra três (merecidos) óscares;
Al Gore respira o óscar de melhor documentário por Uma Verdade Inconveniente;
Das Leben der Anderen carrega a estatueta de mellhor filme estrangeiro e fica-lhe bem;
Ennio Morricone, homenageado com o Óscar Honorário, depois de 50 anos a fazer música com as mãos.
Ennio Morricone, homenageado com o Óscar Honorário, depois de 50 anos a fazer música com as mãos.
E por falar nisso, mãos na música (como antigamente) :
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Bom fim de semana
Sábado, com ênfase especial a partir do escurecer, comemora-se também o aniversário da filha proeminente de Baco. O evento, cujo nome nasce das próprias raízes da homenageada, conta com a participação de ilustres personagens com grande experiência e à vontade no tema, tendo o próprio progenitor, apesar de muito ocupado por este país fora, prometido uma breve aparição lá mais para meio da madrugada. O evento inclui ciclo de iniciação, para os
menos experientes, pausa para café, seguindo-se o ciclo de especialização. No decurso do evento prometem-se vários discursos e debates sobre temas ainda por definir.
A não perder : Caos Alcoólico, o Regresso às Origens do Mundo, sábado na Praça da República, aqui, em Coimbra.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
A infindável luta pela satisfação das necessidades *
Corres, saltas, pulas,
O que buscas?
Desvias, ludibrias, procuras,
O que buscas?
Apressas o passo, olhas o relógio,
O tempo urge e não pára…
Espera! Senta-te aí,
No calor calmo desta fogueira,
Lê comigo a melodia mágica
De um verso simples.
Estás preso à vida,
As cordas coagem os teus movimentos
Nas incompreensíveis questões —
Prisão mais feroz
Jamais inventada!
Olha para ti: persegues o trabalho
E o bem-estar social,
Queres materializar os teus desejos
Numa perfeição iníqua,
Queres viver apressado,
Buscar tudo e acabar…
O que buscas?
Desvias, ludibrias, procuras,
O que buscas?
Apressas o passo, olhas o relógio,
O tempo urge e não pára…
Espera! Senta-te aí,
No calor calmo desta fogueira,
Lê comigo a melodia mágica
De um verso simples.
Estás preso à vida,
As cordas coagem os teus movimentos
Nas incompreensíveis questões —
Prisão mais feroz
Jamais inventada!
Olha para ti: persegues o trabalho
E o bem-estar social,
Queres materializar os teus desejos
Numa perfeição iníqua,
Queres viver apressado,
Buscar tudo e acabar…
Imperfeito…
Na simplicidade de um abraço
Eterniza a amizade já esquecida.
Caminha à velocidade do tempo
No espaço que te é reservado,
Nele encontrarás uma paisagem.
Não questiones a sua beleza.
Ela é bela na sua realidade.
Desfruta-a!
Contempla estes pequenos deleites!
Saboreia o que a vida tem para te dar,
Não a forces a dar o que não quer.
Na simplicidade de um abraço
Eterniza a amizade já esquecida.
Caminha à velocidade do tempo
No espaço que te é reservado,
Nele encontrarás uma paisagem.
Não questiones a sua beleza.
Ela é bela na sua realidade.
Desfruta-a!
Contempla estes pequenos deleites!
Saboreia o que a vida tem para te dar,
Não a forces a dar o que não quer.
Sentados em contemplação silenciosa do fogo, homens arremessam o olhar sobre o mistério. Qual o sentido para a vida? Descobrem a interrogação e, sob a sua sombra perturbante, constroem a humanidade. Agarrados à questão deslizam pela ideia. *
* Ricardo Oliveira
sábado, 17 de fevereiro de 2007
coisas dos outros que marcam
" à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal."
Cemitério de Pianos, José Luís Peixoto
Cemitério de Pianos, José Luís Peixoto
" Violento,
O choque de dois carros,
Violento,
Sem mortes,
Mas do qual um homem
Parará o relógio da vida,
Para ficar sentado, inválido
Numa varanda vendo
O tempo passar
Lento para ele,
Veloz para um turbilhão de outros
Que masoquistamente chocam.
E se alguém gritar
A perca da sua virgindade
O povo só acreditará
Vendo o sangue escorrer
Pelas pernas amachucadas;
Assim o foi, para a menina
Dos olhos brilhantes como o sol
Do primeiro piso, do velho prédio
Que um dia trocou
A inocência vinda do parto
Pelo nojento cheiro de sete homens,
Que sem espécie de sentimentos
Sete filhos lhe deram;
Castigo para quem abusa de si,
Eis o que a vida lhe deu
A ela, a puta
Como agora lhe chamam,
Quando passa pela multidão
Com o corpo hipotecado
E o amor alugado. "
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