sábado, 17 de fevereiro de 2007

" Violento,
O choque de dois carros,
Violento,
Sem mortes,
Mas do qual um homem
Parará o relógio da vida,
Para ficar sentado, inválido
Numa varanda vendo
O tempo passar
Lento para ele,
Veloz para um turbilhão de outros
Que masoquistamente chocam.
E se alguém gritar
A perca da sua virgindade
O povo acreditará
Vendo o sangue escorrer
Pelas pernas amachucadas;
Assim o foi, para a menina
Dos olhos brilhantes como o sol
Do primeiro piso, do velho prédio
Que um dia trocou
A inocência vinda do parto
Pelo nojento cheiro de sete homens,
Que sem espécie de sentimentos
Sete filhos lhe deram;
Castigo para quem abusa de si,
Eis o que a vida lhe deu
A ela, a puta
Como agora lhe chamam,
Quando passa pela multidão
Com o corpo hipotecado
E o amor alugado. "

2 comentários:

Feijoeiro disse...

olha quem é ela...sangue,violência e choque...humm...gosto mais de estar deitado ao sol!bem bom!=)

Lizzie disse...

sol realmente também não é mau. Fazia falta hoje pas palhaçadas carvalescas. Pena não ter guardado aquela tua fotografia nos repastos da areia, isso sim ia dar um belo de um post...lol