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O rapaz não entendia o que ela sentia de cada vez que ele voltava e usava a palavra amor. A rapariga ficava impacientemente feliz, quase sem chegar a sentir felicidade, pela tormenta antecipada da despedida. Queria acreditar na mudança. Queria acreditar. Mas mudar foi sempre uma palavra difícil e ficar foi sempre uma palavra impossível. Ela pensou que jamais seria capaz de voltar a amar com o coração. Podia voltar a amar, sim, mas com outra qualquer parte do corpo. Podia voltar amar com os pulmões, com as mãos, com a boca, mas o coração, aquele coração tolo e cego, há já muito que o perdera para ele.
Sentiram saudades, mesmo quando nenhum milímetro os separava. Ela sonhou ter coragem para lhe pedir que ficasse. Ele pediu em silêncio que ela guardasse essas palavras. "Não parece ser justo", pensaram.
Onde houver saudade nunca haverá justiça.
Sentiram saudades, mesmo quando nenhum milímetro os separava. Ela sonhou ter coragem para lhe pedir que ficasse. Ele pediu em silêncio que ela guardasse essas palavras. "Não parece ser justo", pensaram.
Onde houver saudade nunca haverá justiça.
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I've been thinking about you, baby.
See it almost makes me crazy...
Times, Nothing's right, if you ain't here,
I'll give all that I have, just to keep you near.
I wrote you a letter, darling, I tried to, make it clear,
But you just don't believe that, i'm sincere...
I've been thinking about you, baby,
I want you to live with me.
...
11 comentários:
Até eu já estou com saudades, caneco!...
Ai ai...
Não há sentimento que me cause mais agonia...*
Às vezes, o prenúncio da saudade impede-nos de viver o momento... é uma sensação estranha e deprimente, que chega a matar o coração.
Amar com os pulmões, com as mãos com a boca... parece-me bem. Talvez seja mesmo "A" solução.
Brisa, não terás tu um cantinho na blogosfera? Hum...
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Hum... Talvez...
ah, é verdade: já terminaste o deus das pequenas coisas?
Já desconfiava...
Já, há bastante tempo! E adorei... Entretanto também já li o "Desgraça" que me recomendaste.E também gostei, embora confesse que não me marcou. E depois desse "A Amante de Brecht" que já tinha começado a ler antes, mas não sei porque desisti. Agora estou na "Balada da Praia dos Cães" e vou intercalando com uma das histórias de Edgar Allan Poe do livro "Histórias de Mistério e Imaginação".
E tu, que tal estás de leituras? Já leste "A sombra do vento"? Foi um dos que li este ano e gostei muito. *
A sombra do vento... Hum... A ver se o encontro na Feira do Livro. Já agora, recomendo-te outro: A Cadeira do Suplício. Acho que vais gostar.
E olha, podemos fazer um jogo: vê lá se me encontras na blogosfera...
É de Carlos Ruiz Zafón, e de certeza que encontras na feira do livro.
Não... Tu a teu tempo te revelarás. *
As vezes que eu já quis explicar isto... Soube bem saber que alguém o sabe explicar...
Excelente texto!
Beijos
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