no primeiro de março a contar pelos dedos eu conto histórias.
faço às minhas memórias um inventário feliz, que sei registado em números errados, absoluto de horizontes e luares sem imperfeição e anoiteço todas as lembranças carregadas
de mais erros do que aqueles que eu queria suportar. no primeiro
sol da tarde, as nossas manhãs, escuto o que está à minha volta desde que as
estações começaram a passar e reconheço, sem degraus, o fim
enganoso
a que me levou a saudade. ao raspar a noite eu estou calada e no silêncio sem traços de engano
perdoo(-te)-me, porque mesmo nas
penas e nas cinzas, foste tu quem cobriu de sal as minhas madrugadas
de gelo.
2 comentários:
Adorei o texto, Lizzie.
Escreves mesmo bem *
Eu não escrevo bem, vou-me safando...Têm dias!Mas obrigada**
Enviar um comentário