quarta-feira, 19 de setembro de 2007

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num agosto vestido de março, o filme era a preto e branco.

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mulheres de idade perdida vestem as ruas de sonhos desfeitos. enfiadas dentro dos seus s e g r e d o s onde o corpo já não pede permissão para se sujar. homens secos, pouco atentos, procuram no vazio um corpo sem as restrições da a l m a. mulheres oferecem-se, pintam os lábios de batom vermelho morto e entregam-se como .... c a d á v e r e s.
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num banco de jardim senta-se um v e l h o. dentro de um gorro castanho de lã apodrecida, os olhos mansos lêem a cama onde se vai deitar. no rosto rugas e c i c a t r i z e s firmes contam histórias demasiado tristes de quem vive desnecessariamente há demasiado . t e m p o.
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um rapaz enlouquecido pelo a m o r espera alguém na esquina de uma rua perdida. pensa, com toda a certeza do mundo, que o amor vence s e m p r e. a rapariga cruza-se com os mal amados, e acredita, com toda a certeza do mundo, que terá melhor vida. quando ela chega o rapaz abraça-a com e t e r n a saudade, tira uma faca do bolso e ouve-lhe o último respirar.
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a c o r d o.
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sufocada no meu próprio d e s p e r d í c i o procuro um espelho e vejo que ultimamente tenho s o r r i d o pouco.
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perguntas-me se te perdoei.
sim.
mas também te esqueci.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

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e depois de dias e dias de dias tranquilos...
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faço-me regressar.