O que fazem juntos Damon Albarn [Blur e Gorillaz], Paul Simonon [ The Clash], Simon Tong [The Verve] e Tony Allen [Africa '70]?
www.thegoodthebadandthequeen.com
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"Espelho de duas faces: ora plana, ora curva. Ora límpida, ora turva. Numa te afirmas, na outra te negas... Em ambas crês."
O que fazem juntos Damon Albarn [Blur e Gorillaz], Paul Simonon [ The Clash], Simon Tong [The Verve] e Tony Allen [Africa '70]?
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"This will only hurt"*
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quando as palavras se foram eu senti-me esvaziar. prisioneira de um rio sem margens, de um pedacinho de céu mudo e sossegado a esconder e a abraçar um mundo inteiro amargurado.
fomos. forasteiros dos dias um do outro. forasteiros de noites presas a horas contadas. reclusos de uma saudade faminta, de uma saudade que devorou cada pedaço da carne morta que um tal de amor há muito matou. digo-te: a minha vontade tem a força de um vendaval e o meu silêncio há-de empurrar-te a um canto e há-de cortar-te os pulsos. trancarei o nosso relógio num túmulo de gelo e nunca mais, nunca mais, os nossos ponteiros darão a volta. deixarei as fendas e as feridas a apodrecer à sorte da tempestade que nos atravessou. e quando a tempestade abrandar tu perguntar-me-às pelo mapa que tem gravado o lugar frio onde nos enterrei e hás-de querer ter pulsos para ter mãos que me agarrem. e nesse momento, nesse momento, eu hei-de dizer-te que o mapa é uma nódoa confusa de tinta e a memória não guardou coordenadas. hei-de dizer-te: a minha vontade tem a força de um vendaval e a minha força tem a força de mil tempestades, e quando passei, quando passei e no fim me sentei [des] cansada, de nós não sobrou nada.
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" Rapaz. A tua pele morena foi um Verão que quis viver e me foi negado. Um caminho que não me enganou. Enganou-me a luz e os olhos foscos das nossas manhãs revividas. Não te escolhi: escolhi estradas, desconfiando que todas eram a mesma, e foi sem dar conta que fui dar a ti. Nós. Um idílio impossível, sem a culpa que eu e tu não temos. A condenação certa por existirmos no tempo errado, ditada pelo terror de sermos um caminho difícil. Não há mais manhãs para reviver, sei-o hoje, nem tão pouco se podem construir dias novos sobre manhãs que se recordam. " [ adaptado "Nenhum Olhar", José L. Peixoto]